A luta nas empresas<br>e locais de trabalho
A luta da classe operária e dos trabalhadores foi e é o motor da luta de massas. A luta confirmou-se e confirma-se como factor decisivo para ruptura com a política de direita, para a construção da alternativa política patriótica e de esquerda, para a construção em Portugal de uma sociedade liberta da exploração capitalista. Para a construção do Socialismo e do Comunismo.
A classe operária foi o alvo principal da brutal ofensiva contra os direitos sociais e laborais, levada a cabo pelo governo PSD/CDS-PP ao serviço do grande capital e do grande patronato intensificando assim a exploração.
Esta ofensiva, acompanhada de um intenso ataque ideológico, teve significativa expressão no roubo de quatro feriados, do número de três dias de férias, o corte do valor de pagamento das horas extraordinárias, o congelamento e corte de salários, a desregulação dos horários de trabalho, ao mesmo tempo que aumentavam os benefícios fiscais às grandes empresas. Estes ataques foram também acompanhados pelo bloqueio à contratação colectiva, pela promoção do aumento do desemprego e da precariedade. No centro da acção do governo PSD/CDS-PP e do patronato para alterar a correlação de forças entre trabalho e o capital esteve o ataque ao movimento sindical unitário, visando limitar a resposta da classe operária e dos trabalhadores.
Na determinada e corajosa resposta dos trabalhadores em diversos sectores de actividade, público e privado, os sindicatos da CGTP-IN assumiram um papel central e determinante. Uma luta travada nas empresas e locais de trabalho que assumiu diversas formas (plenários, abaixo-assinados, greves, paralisações, manifestações, concentrações, marchas, distribuição de documentos) e importantes momentos de convergência, nas comemorações do 25 de Abril e em particular as grandes manifestações realizadas nos distritos no 1.º de Maio, mas também as muitas acções convocadas pela CGTP-IN contra a política que nos impõem. De referir a resistência e organização de trabalhadores em situação de grande precariedade laboral: estes não deixaram de tomar nas suas mãos a luta pelos direitos, como foram os casos dos trabalhadores do sector empresarial do Estado, da Administração pública, do sector do vidro, metalúrgico, químico, alimentação, da hotelaria, da energia, das telecomunicações, do sector naval, dos transportes, dos aeroportos, da logística, entre muitos outros.
No actual quadro político é preciso e importante a luta reivindicativa, para dar força a todos os processos negociais, objectivo de importância central para garantir o emprego e assegurar o aumento dos salários, a valorização profissional, a estabilidade no emprego, a defesa e conquista de direitos pelas 35h, a melhoria das condições de vida. É necessário agir com firmeza exigindo a passagem dos trabalhadores com vínculo precário a posto de trabalho efectivo.